Lembrei de quando eu escrevia, quando era somente eu, Deus e uma folha de papel. Então resolvi pegar meu caderno, percebi como estava empoeirado. Nem me lembrava mais quando foi a última vez que o usei. Tive que tirar a poeira.
Esse livro estava o tempo todo no meu quarto, ali do lado, mas ainda assim cheio de poeira. Eu nem o tocava. Comecei a pensar em quantas coisas deixamos de lado até se encherem de poeira, principalmente em se tratando das coisas de Deus.
Quando ficamos muito tempo parados, entramos num estado de inércia difícil de sair. É a famosa zona de conforto. E é aí que tudo começa a ficar empoeirado. Nossa adoração, nossa fé, nossa dedicação, nossa comunhão, nossa busca. Nessa hora nossa vida espiritual não é mais a mesma. Não se compara ao primeiro amor, e nos tornamos semelhantes, em estado, a Igreja de Éfeso citada em Apocalipse 2. Não importa quanto trabalho se tenha dentro de uma igreja, se por dentro estamos cheios de poeiras.
Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: Estas são as palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro.
Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores.
Você tem perseverado e suportado sofrimentos por causa do meu nome, e não tem desfalecido.
Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor.
Apocalipse 2:1-4
O vento tem a peculiaridade de sempre tiras as coisas do lugar. E só você tem a capacidade de tornar isso uma coisa positiva.
Quando perceber que sua vida espiritual está começando a virar casa de ácaros e partículas de poeira, dê um grande assopro e mande essa sujeira embora.
Desperte! Desperte!, ó Sião, vista-se de força. Vista suas roupas de esplendor, ó Jerusalém, cidade santa. Os incircuncisos e os impuros não tornarão a entrar em você.
Sacuda para longe a sua poeira; levante-se, sente-se entronizada, ó Jerusalém. Livre-se das correntes em seu pescoço, ó cidade cativa de Sião.
Isaías 52:1-2
(Nathalia Braga)

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